COMO FORMIGAS...

de Irmã M.Paola Lanzilotti icms

Acredito que nos olhos dos mais pequenos é possível cruzar o olhar de Jesus.

É Ele que se esconde na simplicidade, na pureza, na ingenuidade dos meninos; Ele mesmo que disse que se não tornemos como crianças não entraremos no reino do Céu.

Não porque, digo sempre, devemos ser infantis, mas porque os meninos são capazes de abandonar-se nos braços do pai e da mãe e deixar-se levar, têm confiança, não são complexos; eles não tem malicia nenhuma e por isso conseguem perceber melhor na própria alma “as coisas sagradas”. Gosto também da capacidade deles de maravilhar-se diante das coisas belas e de estar alegres.

É mesmo por isso que amamos proporcionar também para os mais novos atividades como os campismos. Uma das coisas que para mim não deve ser deixada em segundo plano é cuidar da inocência destes corações; assim como se cuida de uma chama quando há vento e não queremos que se apague.  Ai de nós se escandalizemos um destes pequeninos (Mt 18).

Infelizmente não é assim descontado, hoje, encontrar crianças com um olhar limpo e simples, por muitas razões. Quanto é importante, então, trabalhar com as crianças; são corações abertos onde agora é preciso colocar a boa semente que em uma só palavra é Cristo Jesus.

Com este espirito abrimos as portas da nossa Obra a mais de 30 meninas. Foi mesmo um desafio para nós irmãs e para as nossas animadoras que graças a Deus eram muitas!!

(Aproveito para agradece-las mais uma vez!).

Não estávamos à espera de uma resposta assim numerosa mas assim como Deus deseja que uma família acolha todos os filhos que chegarem, assim nós, acolhemos quem bateu à nossa porta, ou melhor ligou ao nosso telefone.

Todas estivemos envolvidas com elas, que precisam de atenção, cuidado, escuta, alegria (as crianças não gostam de muita seriedade; gostam que tu jogues com elas), também de pontos firmes (para começar ou continuar a aprender o que é bom, o que não é), e enfim de muita paciência.

Como disse Pe. Alberto no final do campo, eram COMO FORMIGAS, estavam em cada lugar, as vozes delas ouviam-se em toda a casa.

Barulho?? Sim, mas também alegria e este é um bom sinal.

Uma semana cheia, noite e dia: jogos (gostam de jogos com água), cânticos, brincadeiras, “grandes conversas” como somente as meninas sabem fazer, teatro e as coisas mais importantes, ensinar a rezar, transmitir a grande verdade que Nosso Senhor está na escuta dos seus filhos e está presente no Tabernáculo. Cada dia as meninas rezaram o terço (não tenhais medo de propor a oração ás crianças!), foram a missa e escutaram lindas homilias e pensamentos sobre a Beata Chiara Luce Badano.

Não faltou, sobretudo de noite,  alguma lagrima de saudade pela falta dos pais, nem quem escolheu os meus joelhos entretanto que estavam ver um filme, até adormecer.

São os filhos que o Senhor nos dá.

Imagens de um campismo especial, belo.

Depois do final do campismo, quando a casa voltou à normalidade, se alguém me tivesse pedido “Como estás?” a resposta teria sido com certeza esta: “Sinto-me como se um autocarro tivesse passado em cima de mim, mas o coração está contente, mesmo”.