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PRIMEIRO SÁBADO

Primeiro Mistério Doloroso

Meditamos o primeiro mistério doloroso

1)      Neste primeiro sábado do tempo da Quaresma queremos acompanhar Nosso Senhor meditando naquelas últimas horas da sua vida terrena. Em particular, focamos a nossa atenção na noite anterior à paixão de Jesus, quando Ele se encaminhou para o horto das oliveiras onde sofreu a agonia no seu espírito, antes de a sofrer também no seu próprio corpo.

Mas queremos também acompanhar Nossa Senhora lembrando que os sofrimentos do Filho são também os sofrimentos da Mãe. Se, de facto, uma qualquer mãe consegue perceber as dores dos seus filhos, quanto terá sido sensível o Coração Imaculado de Maria às dores de Jesus? Fala-se sempre da paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e está certo, mas nada se diz sobre a paixão de Nossa Senhora.

Ela esteve presente, muitas vezes fisicamente, e quando o Evangelho nada refere é absolutamente verdade que esteve presente com a sua alma.

Aprendemos de nossa Senhora a virtude da compaixão. Compaixão significa partilhar a dor de uma outra pessoa, sentindo sobre si os mesmos sofrimentos. É um dom de Deus com certeza, mas é também fruto do amor.

Quem ama abre-se ao mistério da compaixão.

 

2)      Entretanto, a caminho do Monte das Oliveiras, Jesus falou com os seus discípulos dizendo: “Todos vós esta noite vos escandalizareis por minha causa, como está escrito “Ferirei o pastor e dispersar-se-ão as ovelhas do rebanho””.

Porquê escandalizar-se? Porque a paixão de Jesus assim como o sofrimento, sobretudo o dos inocentes, ou o mal em si mesmo, são sempre um mistério impossível de entender e difícil de aceitar. Mas quem sofre ainda mais é o nosso Deus. Um Deus que sofre, parece algo sem sentido, e segundo alguns teólogos falar nestes termos nem é correto. Mas, talvez nos escandalize mais Deus que vem pedir a nossa ajuda. Habitualmente, só nos focamos em nós mesmos, sobre as nossas dificuldades, as nossas dores, os nossos medos, as coisas que não batem certas. Nós pedimos ajuda a Deus e Ele é quase obrigado a escutar-nos, pois Ele é Deus.

E se hoje fosse Jesus a pedir a nossa compaixão, a nossa ajuda?

 

3)      Chegados ao Getsémani Jesus pediu aos seus discípulos para ficarem à espera enquanto Ele ia mais além para orar. Depois, tomou consigo Pedro, Tiago e João e começou a entristecer-se e angustiar-se. Aqui vemos Jesus em toda a sua humanidade. Ele que sabia bem o que estava para Lhe acontecer, fala com os seus amigos mais íntimos “A minha alma está numa tristeza de morte. Ficai aqui e vigiai comigo”.  

Muito provavelmente os três não perceberam nada, se calhar pensaram “Que está a acontecer a Jesus? Nunca o vimos assim! Parece assustado”. Mas quem percebia com certeza mais que eles, porque conhecia muito bem as Escrituras, era Nossa Senhora. Achamos que naquela noite Nossa Senhora não conseguiu dormir nada, pois o seu Filho estava para ser entregado nas mãos dos homens. O amor entre Mãe e Filho era tão forte que mesmo estando longe, estavam unidos um ao outro. Se, como sabemos, os discípulos não conseguiram vigiar porque adormeceram rapidamente, quem vigiou e rezou sem se cansar foi Nossa Senhora. Também Ela estava a viver a sua paixão. Não nos escandalizemos ao ver Jesus, Deus feito homem, assim parecido connosco, que nos momentos difíceis procura alguém para se apoiar, alguém que reze ou simplesmente esteja consigo. Em vez disso peçamos a Nossa Senhora a graça de ter um coração compassivo que console Jesus e tenha também a humildade de se deixar consolar por alguém que nos quer oferecer o seu apoio.

 

4)      Infelizmente, naquela noite Jesus não tinha consoladores humanos. Ficou só, de joelhos, naquele jardim, a rezar ao Pai. Às vezes, muita gente não entende o verdadeiro sentido da oração. Orar não é dizer muitas palavras, nem fazer simplesmente pedidos. Mas o que é a oração? É uma conversa com Deus que reconheces como teu pai e, ainda mais, a oração é mesmo um combate.

E Jesus no horto combateu mesmo, contra o pecado, contra o demónio, contra a sua mesma natureza humana. Diz o Evangelho que caiu com o rosto por terra, enquanto rezava: “Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice. Todavia, não se faça como Eu quero, mas como Tu queres”. 

Todas as orações que acabam nesta maneira “Não se faça como eu quero, mas como Tu queres”, são sempre escutadas no céu. Antes de ser crucificado, mesmo ali, Jesus sofreu já a sua paixão chegando a transpirar sangue. Só o Amor nos pode explicar o seu sim à vontade de Deus. O Amor pelo Pai, a compaixão pelos homens que terão sido salvos através do seu sacrifício.

Jesus sustentou-se no amor e na oração de sua Mãe, mas também no amor do Pai do céu que O deixou nas mãos dos romanos com profundo sofrimento. Também o Pai foi compassivo com o Filho enviando-lhe um anjo para conforta-lo.

Mas, naquele momento, Ele sentia-se profundamente só; nunca duvidou da bondade do Pai e do amor de Sua Mãe. A profunda solidão que experimentou e que não parou o seu oferecimento, ensina-nos que o amor não é só um sentimento e que a fé nos leva a fazer o bem também se não temos consolações ou não sentimos algo de emocionante no coração.

 

5)      Um beijo. Jesus foi traído com um beijo. Um gesto tão afetuoso, sinal de amor, de carinho, torna-se mentira, falsidade, hipocrisia. Um outro golpe ao Coração docíssimo de Jesus. Verdadeiramente nada falta ao seu sofrimento, moralmente e fisicamente. E o Senhor não parou, continuou a doar-se por nós e também por Judas. Neste mistério, queremos aprender que a compaixão nos leva a nossa doação aos outros e a Deus em primeiro lugar, é gratuita. O Amor é a recompensa. Pode ser difícil de entender, mas quem ama tem já a sua recompensa no fato de ter amado e de ver feliz a pessoa que amou. Claro, quando uma amizade ou um amor é reciproco, ou seja, quando há amor de ambos os lados, isto dá alegria ao coração, mas se o nosso amor não fosse reconhecido, aceite ou se fôssemos recusados ou desprezados por aqueles que temos amado, então, essa é a verdadeira prova do amor. Conseguir amar nestas circunstâncias, a perdoar, significa amar como filhos de Deus e não mais como filhos de homem. Pedimos a Jesus Eucaristia a graça de amar assim.

 

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