5ª Aparição Nossa Senhora aos Pastorinhos

5ª Aparição Nossa Senhora em Fátima - 13 de setembro de 1917

Por Ana Maria Pinto

No dia 13 de Setembro de 1917, Nossa Senhora do Rosário aparece, pela quinta vez, aos pastorinhos, na Cova de Iria.

Nesse dia, a estrada estava apenhada de gente, “ali apareciam todas as misérias da pobre humanidade”. A custo os pastorinhos avançaram até junto da Carrasqueira.

Ali, “A Lúcia como de costume, ordena ao povo que se reze o terço, a que ela mesmo preside. Todos caem de joelhos e, ricos e pobres, em voz alta, respondem às contas passadas por uma pobre pastorinha da serra”.

Ao meio-dia, descrevem alguns peregrinos que houve: “um súbito refrescar da atmosfera, o empalidecer do sol até ao ponto de se verem as estrelas, uma espécie de chuva como de pétalas irisadas que desapareciam antes de poisarem na terra”.

Descrevem ainda, que viram “clara e distintamente um globo luminoso que se movia do Nascente para o Poente, deslizando lento e majestoso através do espaço”.

Dava-se assim a chegada da Rainha do céu à terra. Naquele instante, reinava um manto serenidade e, de um profundo silêncio expectante das palavras que trazia a Mãe do Bom Conselho.

E, o conselho era simples:

“Continuem a rezar o terço, todos os dias, para alcançar o fim da guerra”.

Acrescenta o que acontecerá em Outubro: “virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino para abençoar o Mundo e realizarei um milagre”.

A irmã Lúcia refere no livro, Apelo da mensagem de Fátima, que: “Por certo que, no momento, a mensagem referiu-se à guerra mundial que então afligia a humanidade. Mas esta guerra é também o símbolo de muitas outras guerras que nos cercam e das quais precisamos de conseguir o fim, com a oração e o nosso sacrifício. Penso nas guerras que nos movem os inimigos da nossa salvação eterna: o Demónio, o mundo e a nossa própria natureza carnal.” …

“O demónio procura arrastar-nos pelo caminho do pecado, a fim de nos fazer escravos no tempo e na eternidade”.

Refere ainda “queremos ser livres, mas não sabemos usar bem dessa liberdade. Por isso, Deus colocou junto de nós quem nos possa indicar o bom caminho, que livremente podemos e devemos seguir. Mas o nosso orgulho engana-nos e não nos deixa ver o bem que desprezamos, nem o mal que fazemos”.

Nesta mensagem, vemos que a Mãe da Divina Graça nos apela insistentemente à recitação do Santo Rosário.

Mas, porquê esta insistência em rezar o terço, e, de forma diária?

O terço diz a irmã Lúcia é: “a fórmula de oração que está mais ao alcance de todos, grandes e pequenos ricos e pobres, sábios e ignorantes”, e, “é a base de toda a vida espiritual”.

A recitação fiel e perseverante do terço, contém 15 maravilhosas promessas reveladas ao Beato Alano de la Roche por Nossa Senhora.

A salientar algumas: prometo a minha proteção especial e grandíssima graças, santificação das almas, conversão dos pecadores, não morrerão sem os sacramentos e gozarão de grande glória no céu.

O terço é um tesouro, podemos ver na oração composta pelo Beato Bartolo Longo:

“O Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o ultimo beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há-de ser o teu nome suave, ó Rainha do Rosário, ó nossa Mãe querida, ó refúgio dos pecadores, ó soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu”.

O terço é uma graça, diz São João Paulo II: “O Rosário acompanhou-me nos momentos de alegria e nas provações. A ele confiei tantas preocupações, nele sempre encontrei conforto. O Rosário é a minha oração predileta. Maravilhosa na simplicidade e na profundidade”.

Nossa Senhora do Rosário de Fátima concede aos vossos filhos, por intercessão dos pastorinhos, a fidelidade, a perseverança continua na recitação do Santo terço, para guiar-nos no caminho que conduz à morada Celeste.

Com o terço na mão e amor no coração rezemos a Maria, nossa doce salvação.