DOSES DE ESPIRITUALIDADE
Il tuo lavoro dev'essere orazione personale, deve trasformarsi in una splendida conversazione con il nostro Padre celeste. (San Josemaría Escrivà)
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Valor redentor do sofrimento e da cruz
de Pe.César Cuomo icms
É preciso também rezar para pedir a graça de aceitar o sofrimento em espírito de reparação, como fizeram os pastorinhos de Fátima.
Para se compreender melhor o que queremos dizer, partamos da última aparição de Fátima, a de outubro. Ao pedido de Lúcia: "Teria muitas coisas para Lhe pedir: se curas os doentes e se convertes alguns pecadores, etc.”, Nossa Senhora respondeu: “A uns, sim; a outros, não. É preciso que se emendem, que peçam perdão dos seus pecados”. Quase parece que Nossa Senhora faz uma distinção, como se diz, “entre filhos e enteados”. Na realidade, Nossa Senhora está a olhar para o bem mais importante que é a salvação da alma; a saúde do corpo é funcional à da alma e o Céu só a concede se favorecer esta última, que é o que mais importa: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se depois se perder ou arruinar? (Lc 9-25).
De que serviria uma cura ou qualquer graça física ou material, se alguém se aproveitasse dela para começar ou continuar a fazer o mal, arriscando-se a perder a alegria do Paraíso?
Se, pelo contrário, durante uma tribulação, fizermos a intenção sincera de nos emendarmos, criamos as melhores condições para receber a graça, mesmo física ou material, de que necessitamos: “Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas” (Mt 6,33).
A importância de pedir o bem é também sublinhada pelo exemplo dos santos. A sua intercessão foi sempre muito fecunda em graças terrenas para todos. Em tempos particularmente calamitosos de guerra, de fome e de peste, conseguiram obter do Céu o fim desses flagelos, porque é um pouco como quando, numa família, um bom filho pede alguma coisa ao pai, com quem tem uma relação de amizade e de confiança maior do que com os outros irmãos. Geralmente obtém o que pede, mais facilmente do que um filho mau ou um estranho.
Os pastorinhos de Fátima também conseguiram arrancar muitas graças do Céu, incluindo a cura de alguns doentes. Recorde-se que, um dia, foram convidados por uma rapariga a entrar em sua casa para rezar; ela estava desesperada pela saúde do pai, que não podia descansar há mais de três anos devido a soluços contínuos: “Era impossível resistir a tal cena. Disse à Jacinta que ficasse ali, enquanto eu ia rezar o terço com o povo: quando voltasse, chamá-la-ia. Ela aceitou. Quando voltei, entrei também em casa. Encontrei a Jacinta sentada numa cadeira, diante de um homem que também estava sentado, não muito velho, mas magro e comovido até às lágrimas. Ao ver-me, a Jacinta levantou-se, despediu-se, prometendo não o esquecer nas suas orações, e voltámos para junto da Senhora Emília. No dia seguinte, de manhã cedo, partimos para o Olival e só voltámos três dias depois. Quando chegámos a casa da senhora Emília, a feliz jovem apareceu, acompanhada pelo pai, com um aspeto muito melhorado, sem aquela aparência de nervosismo e extrema fraqueza. Vieram agradecer o benefício recebido, porque, diziam eles, ele já não tinha aquele soluço importuno.”
Os pastorinhos pediram graças movidos pela compaixão cristã pelo sofrimento dos outros. Para si próprios, porém, nunca pediram nada, rezaram pela saúde física dos outros, mas tendo como objetivo principal a sua própria conversão e saúde espiritual.
No entanto, teriam muito que pedir também para eles. A Jacinta e o Francisco, de facto, foram atingidos por aquela terrível epidemia conhecida como “gripe espanhola” que devastou o mundo há apenas um século, entre 1918 e 1920, fazendo dezenas de milhões de vítimas e levando-as à morte.
Jacinta e Francisco sofreram terrivelmente.
Para tornar a situação da Jacinta ainda mais dolorosa, juntou-se-lhe uma pleurisia purulenta que lhe causou um enorme sofrimento. Para a salvar, foi levada para o hospital de Lisboa, onde foi submetida a uma operação particularmente dolorosa, pois foi efectuada sem anestesia. Testemunhas dizem que ela nunca se queixou, embora não escondesse que sofria muito: “Ó meu Jesus, eu amo-Te e quero sofrer muito por amor a Ti”. Outras vezes, dizia: “Ó Jesus, agora podes converter muitos pecadores, porque este sacrifício é muito grande!”.
O seu grande amor pelo Senhor e pelas almas levou-a a abraçar com grande generosidade sofrimentos sem precedentes. Repetiu até ao fim, tal como o seu irmão Francisco, aquele “sim, queremos” que tinham pronunciado poucos anos antes, quando Nossa Senhora lhes perguntou: “Quereis oferecer-vos a Deus para suportar todos os sofrimentos que Ele quiser enviar-vos, em ato de reparação pelos pecados com que Ele é ofendido e de súplica pela conversão dos pecadores?”
À primeira vista, pode causar perplexidade a ideia de que Deus, se é bom, envia o sofrimento a alguém, sobretudo se é tão inocente como as três crianças de Fátima. Para o compreender, é preciso pensar que a origem de todo o mal, seja ele qual for, está nos pecados do Homem, que quebram o equilíbrio harmonioso de todas as coisas, estabelecido pela infinita sabedoria e bondade de Deus. Se apenas os que cometem esses pecados tivessem de pagar as consequências inevitáveis, isso não traria bons frutos para ninguém. Se, pelo contrário, Deus, entre todos os homens, encontra e escolhe algumas almas boas e generosas, livremente dispostas a expiar pelos outros, produz-se um fruto de caridade tão sublime que repara, “com juros”, o mal feito, suscitando maior santidade e glória eterna em quem se oferece e merecendo a conversão de tantas pobres almas “paralisadas” e escravizadas pelo mal.
Os pastorinhos, portanto, com a sua vida e morte, iluminaram-nos sobre o valor redentor do sofrimento e da cruz.
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