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Por tua SALVAÇÃO

As razoes da Encarnação

de Pe. Luigi Polvere

 

Iniciamos este ano  o nosso ciclo de catequese de formação cristã aprofundando a figura de Jesus e começando a falar sobre o mistério da Encarnação.

O Papa Bento XVI escreveu numa catequese sobre este tema: a Encarnação é uma daquelas verdades às quais nos habituámos tanto que a grandeza do acontecimento que ela exprime quase já não nos impressiona. Pelo contrário, esta verdade é sem dúvida o coração pulsante da nossa fé e o que define a nossa vida cristã. Desde os primeiros concílios, a Igreja afirmou com força que Jesus se fez carne e assumiu verdadeiramente a natureza humana, unindo-a à divina, nascendo no tempo da Virgem Maria.

O Catecismo da Igreja Católica no n. 464 sublinha que “o acontecimento único e completamente singular da encarnação do Filho de Deus não significa que Jesus Cristo seja em parte Deus e em parte homem, nem que seja o resultado de uma mistura confusa do divino e do humano. Ele se tornou verdadeiramente homem, permanecendo verdadeiramente Deus. Jesus Cristo é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Durante os primeiros séculos, a Igreja teve que defender e esclarecer esta verdade de fé contra as heresias que a falsificaram”. Por esta razão, os vários Concílios de Nicéia (351), Constantinopla (451) e Calcedônia (453) reconheceram que Cristo, perfeito em sua divindade e perfeito em sua humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, [composto] de alma e corpo racionais, consubstancial ao Pai para a divindade, e consubstancial a nós para a humanidade, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado, Ele possui duas naturezas, unidas na única pessoa divina.

Contudo, podemos perguntar-nos: quais são as razões que levaram o Filho de Deus a assumir a nossa natureza humana? Numa página admirável, o catecismo expõe quatro entre elas. Nesta catequese tentaremos aprofundá-las porque cada um delas tem ideias importantes para a nossa vida espiritual.

O Verbo fez-se carne para nos salvar, reconciliando-nos com Deus: é Deus «que nos amou e enviou o seu Filho para expiar os nossos pecados» (1 Jo 4, 10). “O Pai enviou seu Filho para ser o salvador do mundo” (1 João 4:14). “Ele apareceu para tirar os pecados” (1Jo 3,5).

A primeira razão da Encarnação diz respeito à resposta de Deus ao drama do pecado.

Com efeito, Deus, desde o início da Criação, pensou no homem para a comunhão com Ele; porém, "quando, pela sua desobediência, o homem perdeu a sua amizade, Ele não o abandonou ao poder da morte, mas na sua misericórdia veio ajudar a todos (...) e na plenitude dos tempos Ele amou-nos ao ponto de nos enviar o seu único Filho como Salvador”.

Como nos lembra a Oração Eucarística IV, o mistério da Encarnação tem a sua origem no Amor sem limites de Deus que, não querendo perder o homem, decidiu tornar-se homem, assumir a sua própria carne para eliminar o pecado com a sua Paixão e Ressurreição e permitir ao homem de alcançar a sua felicidade plena. O amor de Deus para nós resolveu o problema que teria sido insolúvel para o homem. Por um lado, a justiça divina exigia a reparação da culpa; por outro lado, a fraqueza humana viu-se impotente para satisfazer de forma adequada pois, sendo culpa de uma gravidade infinita, não podia ser compensada pelo homem, cujos esforços dão sempre um resultado natural e finito. A misericórdia interveio então: Deus quis ajudar o homem, quis dar-lhe o perdão. Ele poderia nos redimir de mil maneiras; mas o seu Amor escolheu uma – a Encarnação – em que a justiça seria perfeitamente satisfeita e a misericórdia teria a sua maior manifestação. Jesus Cristo deu ao Pai uma reparação de valor infinito pelos nossos pecados.

Isto nos lembra uma verdade primeira e muito importante para a nossa vida espiritual: o pecado é uma coisa séria e nenhum de nós pode esperar salvar-se sozinho... Vivemos numa época em que já não falamos de pecado e assim já não se compreende o valor da Encarnação e da Pessoa de Jesus. O engano é acreditar que na vida, para ser bom, chega ter um pouco de boa vontade ou seguir algumas regras, mas isso não é suficiente; de facto experimentamos a nossa fragilidade, tomamos mil resoluções mas não conseguimos respeitá-las, queremos fazer o bem mas não temos forças. Estamos feridos e precisamos de cura, queremos amar e viver como pessoas livres, mas não podemos fazer isso sozinhos. É por isso que, no Credo, dizemos que “por nós, homens e para a nossa salvação”, Jesus se fez homem e teve que morrer na cruz e ressuscitar da morte. A sua Cruz é a cura para a humanidade, o remédio que diz respeito a todos. Para curar precisamos experimentar o amor ilimitado que Deus tem por nós.

Só este amor cura verdadeiramente o homem.

 

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