VISITA AO SAGRADO ESPINHO

de Sr.M.Paola Lanzilotti icms

19 de março, dia de S. José, mas também dia do nosso passeio comunitário anual, como é tradição.

Este ano, o nosso dia de convívio começou com a Santa Missa, às 7h, na nossa capela, à volta do altar de Nosso Senhor, escutando a Sua Palavra e a exortação do Padre Alberto sobre a figura de São José.

Viver juntos a Eucaristia: o modo mais belo de nos unirmos a Deus e uns aos outros. A fraternidade, a amizade fundada em Jesus, nunca falha.

Depois deste momento partimos e, depois de um caminho de oração em conjunto, chegámos... à fronteira com Espanha, a uma cidade chamada Badajoz.

Visitámos a catedral onde estava a decorrer a Santa Missa e depois parámos numa pequena capela próxima onde há adoração eucarística perpétua.

Mais uma vez, é bom ficarmos com Ele... Alguém dirá: claro, vocês são padres e freiras! Sim, é verdade, mas muitas vezes, garanto-vos, não conseguimos passar tanto tempo com Jesus Eucaristia como gostaríamos.

Fizemos-Lhe companhia oferecendo a nossa visita por aqueles que não acreditam, não adoram, não esperam e não amam o Senhor e em reparação por todos os ultrajes e sacrilégios que recebe no Santíssimo Sacramento... e depois, claro, rezámos pelos nossos irmãos e irmãs da FCIM e por todos aqueles que nos pedem orações.

Pessoalmente, enquanto lá estive, entre outras coisas e intenções de oração, pensei: “Senhor, Tu estás aqui. Lá fora, num dia normal, as pessoas estão a trabalhar, a fazer barulho... muitos nem sequer se lembram de Ti. E Tu, Tu estás aqui, exposto e solene, oferecendo-Te e intercedendo por aqueles que não pensam em Ti. Todos os dias, incansavelmente, ofereces-te ao Pai, em todas as Santas Missas... mesmo por aqueles que nunca Te agradecerão!”

Nesta altura, dirigimo-nos para o Convento de Nossa Senhora das Mercês, o destino principal da nossa peregrinação.

O que é que este Convento tem de tão importante para movimentar duas comunidades religiosas? Antes de mais, agradecemos ao Padre Gianni, que é o nosso procurador de novos destinos.

Aqui estamos nós, a venerar um dos espinhos da coroa de espinhos de Jesus!

Foi bom para nós podermos estar aos pés do Sagrado Espinho, zelosamente guardado pelas clarissas descalças; sobretudo neste tempo de Quaresma.

A ideia de que aquele espinho, bastante longo e pungente, tinha sido cravado na cabeça do Senhor, banhado do seu precioso Sangue, aquele Sangue que redimiu o mundo, tocou-nos profundamente.

Rezámos o terço e depois chegou um guia para nos contar a história do espinho; um momento cómico porque o gentil senhor só falava espanhol... depois de um esforço enorme para compreender o que nos tentava dizer, agradecemos-lhe e fomos cumprimentar a comunidade de irmãs que nos convidou a visitá-las.

As freiras são muito afáveis; também elas, tal como o guia, só falam espanhol, mas entendemo-nos. Acolheram-nos na sala do locutório e foi um momento agradável de conhecimento mútuo e de partilha da fé.

À tarde, outra visita... desta vez histórica. Fomos ao Forte da Graça, na cidade de Elvas, um antigo forte cuja construção começou no século XVIII para proteger Portugal dos ataques inimigos durante as guerras na Europa.

Nesta altura, tomámos o caminho de regresso e, entre um terço e o ofício divino rezados em conjunto, chegámos a Fátima.

Agradecemos a Deus, mais uma vez, por nos ter reunido na bela missão que partilhamos em Fátima e por nos ter dado a oportunidade de passar mais um dia de fraternidade, para nos unirmos mais a Ele e uns aos outros.